Passei dias sem achar o tempo de mexer no Blog. Quando abri, tinha mais de mil comentários para examinar, a maioria de propaganda de coisas fora da moral e da lei, de sexo sem amor e de remédios que só servem para facilitar comportamentos irresponsáveis, algumas propagandas insistentes de páginas inteiras. Para não colaborar com tais propagandas e não jogar no mesmo lixo comentários úteis, preciso fazer uma rápida leitura de tudo que chega.
Estava com certas dúvidas se valia a pena gastar meu tempo escrevendo , mas um e-mail muito animador serviu de apoio para não deixar de ser um escrevedor de textos avulsos, do jeito que as idéias me chegam sem hora marcada.
Antes de ter computador escrevi um texto sobre ciência e fé, preocupado com a inquietação de muita gente de boa fé com a propaganda de preconceitos de cientistas inimigos da filosofia e da teologia. Nos próximos dias entrará nesse Blog uma reflexão sobre religião e evolução. Quero contribuir para superar preconceitos de um lado e de outro. Por agora vai outro texto, do mes passado:
Um Rei sem Poder?
Católicos celebram a festa do Cristo Rei, num mundo que não quer mais saber de Rei. Nenhum povo quer ser governado por um Rei. Queremos democracia, governo do povo, governantes eleitos pelo voto livre de todos. Onde ainda existem reis e rainhas, eles não mandam mais no país. Estão mais para enfeitar e representar.
Mesmo assim, a Igreja continua proclamando o Cristo Rei do Universo. Na realidade, quantas pessoas estão mesmo a serviço do Cristo Rei? Quantos, entre os que se dizem cristãos, têm Jesus como Senhor da sua vida?
Quantos conhecem os ensinamentos de Jesus que chamam de Mestre? Quantos são discípulos dele para valer? Muitos dizem Senhor, Senhor, mas seguem outros mestres ou seus próprios caprichos. Preferem servir a outros senhores. Nem todos que cantam: Jesus Cristo tem poder, se submetem ao seu poder. Então, Jesus é um Rei sem Poder?
Meu Reino não é deste mundo, disse Jesus. Os reis terrenos impõem seu poder pela força e se fazem servir por todos. Jesus não veio para ser servido, mas para servir. Ele quer que seus seguidores façam o mesmo: Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e me siga.
Jesus nunca usou coroa de ouro. Quando Pilatos perguntou a Jesus, se ele era o Rei dos Judeus, soldados zombeteiros lhe impuseram uma coroa de espinhos. Na cruz onde Jesus foi pregado, Pilatos mandou botar um letreiro: INRI, Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus. Diante do Cristo pregado na cruz, escribas e doutores da lei, teólogos e legalistas daquele tempo, questionaram seu poder divino, provocando: A outros salvou, a si mesmo não pode salvar-se. O Cristo, Rei de Israel! Desça agora da cruz para que possamos ver e crer.
Hoje também, muitos querem ver para crer. Na realidade, para quem procura a verdade com sinceridade, o Evangelho e a razão humana oferecem razões suficientes para acolher a fé como dom de Deus.
Os Reis do antigo Povo de Deus eram ungidos para sua missão. Mesmo assim, nem sempre eram dedicados ao seu ofício. Em vez colocar-se a serviço do povo, usavam seu poder para cuidar dos seus próprios interesses, assim como muitos políticos de hoje. Na Igreja também existem pessoas que foram ungidas para colocar-se a serviço da comunidade, mas preferem ser servidas.
Faz 27 séculos que o profeta Isaias anunciou a chegada de um novo Ungido, um novo Rei: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para anunciar a Boa Nova. Jesus mesmo explicou que essa profecia se refere a Ele. Por isso recebeu o apelido de CRISTO, em grego, MESSIAS, em hebraico e aramaico, O UNGIDO. É ele o Rei do novo Povo de Deus.
Os cristãos também são ungidos no Batismo e no Crisma, para caminhar na luz e na força do Espírito Santo e para participar da missão de Jesus na construção do Reino de Deus. Cada um precisa cuidar de fazer a sua parte para o bem de todos, num esforço consciente para cuidar cada dia da sua tarefa do dia, com a graça de Deus.
Jequié, Festa do Cristo Rei 2010
Estava com certas dúvidas se valia a pena gastar meu tempo escrevendo , mas um e-mail muito animador serviu de apoio para não deixar de ser um escrevedor de textos avulsos, do jeito que as idéias me chegam sem hora marcada.
Antes de ter computador escrevi um texto sobre ciência e fé, preocupado com a inquietação de muita gente de boa fé com a propaganda de preconceitos de cientistas inimigos da filosofia e da teologia. Nos próximos dias entrará nesse Blog uma reflexão sobre religião e evolução. Quero contribuir para superar preconceitos de um lado e de outro. Por agora vai outro texto, do mes passado:
Um Rei sem Poder?
Católicos celebram a festa do Cristo Rei, num mundo que não quer mais saber de Rei. Nenhum povo quer ser governado por um Rei. Queremos democracia, governo do povo, governantes eleitos pelo voto livre de todos. Onde ainda existem reis e rainhas, eles não mandam mais no país. Estão mais para enfeitar e representar.
Mesmo assim, a Igreja continua proclamando o Cristo Rei do Universo. Na realidade, quantas pessoas estão mesmo a serviço do Cristo Rei? Quantos, entre os que se dizem cristãos, têm Jesus como Senhor da sua vida?
Quantos conhecem os ensinamentos de Jesus que chamam de Mestre? Quantos são discípulos dele para valer? Muitos dizem Senhor, Senhor, mas seguem outros mestres ou seus próprios caprichos. Preferem servir a outros senhores. Nem todos que cantam: Jesus Cristo tem poder, se submetem ao seu poder. Então, Jesus é um Rei sem Poder?
Meu Reino não é deste mundo, disse Jesus. Os reis terrenos impõem seu poder pela força e se fazem servir por todos. Jesus não veio para ser servido, mas para servir. Ele quer que seus seguidores façam o mesmo: Quem quiser ser meu discípulo, tome sua cruz e me siga.
Jesus nunca usou coroa de ouro. Quando Pilatos perguntou a Jesus, se ele era o Rei dos Judeus, soldados zombeteiros lhe impuseram uma coroa de espinhos. Na cruz onde Jesus foi pregado, Pilatos mandou botar um letreiro: INRI, Jesus de Nazaré, Rei dos Judeus. Diante do Cristo pregado na cruz, escribas e doutores da lei, teólogos e legalistas daquele tempo, questionaram seu poder divino, provocando: A outros salvou, a si mesmo não pode salvar-se. O Cristo, Rei de Israel! Desça agora da cruz para que possamos ver e crer.
Hoje também, muitos querem ver para crer. Na realidade, para quem procura a verdade com sinceridade, o Evangelho e a razão humana oferecem razões suficientes para acolher a fé como dom de Deus.
Os Reis do antigo Povo de Deus eram ungidos para sua missão. Mesmo assim, nem sempre eram dedicados ao seu ofício. Em vez colocar-se a serviço do povo, usavam seu poder para cuidar dos seus próprios interesses, assim como muitos políticos de hoje. Na Igreja também existem pessoas que foram ungidas para colocar-se a serviço da comunidade, mas preferem ser servidas.
Faz 27 séculos que o profeta Isaias anunciou a chegada de um novo Ungido, um novo Rei: O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para anunciar a Boa Nova. Jesus mesmo explicou que essa profecia se refere a Ele. Por isso recebeu o apelido de CRISTO, em grego, MESSIAS, em hebraico e aramaico, O UNGIDO. É ele o Rei do novo Povo de Deus.
Os cristãos também são ungidos no Batismo e no Crisma, para caminhar na luz e na força do Espírito Santo e para participar da missão de Jesus na construção do Reino de Deus. Cada um precisa cuidar de fazer a sua parte para o bem de todos, num esforço consciente para cuidar cada dia da sua tarefa do dia, com a graça de Deus.
Jequié, Festa do Cristo Rei 2010
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